vontades de Bruno
Vender a Parati e comprar uma moto, vento no rosto. A intenção primeira, comprar este carro por ser carro de família, não existe mais. Não existe mais bebê, mulher, ele mesmo como era até pouco tempo. Novos tempos exigem vento. E assim que subir na moto, escolher a esmo uma estrada, mochila nas costas, rumo incerto, rumo preciso de incertezas. E não avisar ninguém, que já não há mais importâncias. As pessoas que importam deixaram de o fazer. Pensa que seria romântico demais, sonhador demais, mas o que o pragmatismo fez por ele, até agora? O que as noites perdidas em trabalhos cansativos fizeram por ele? O que a poupança guardou? Os carnês das Casas Bahia? O consórcio do carro usado? Sabe apenas que quer o contrário. E vento.
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