férias
novos escritos, novos pensamentos, qualquer coisa que tenha que pensar - só ano que vem.
até
"De tudo haveria de ficar para nós um sentimento longínquo de coisa esquecida na terra - como um lápis numa península". Manoel de Barros em Livro sobre Nada
novos escritos, novos pensamentos, qualquer coisa que tenha que pensar - só ano que vem.
até
rabiscado por Guilherme às 17:18 0 comentários
assunto: pensamentos
Este ano dormi pouco e mal.
rabiscado por Guilherme às 02:56 1 comentários
assunto: pensamentos
"Celina nem sempre entra na lembrança como entrava pela porta de sua sala: às vezes entra já estando sentada ao lado do piano, ou no momento de acender o abajur. Eu mesmo, com meus olhos de agora, não a recordo: recordo os olhos que naquele tempo a olhavam; aqueles olhos transmitem o sentimento em que as imagens se movem. Nesse sentimento há uma ternura original. Os olhos do menino estão assombrados, mas não olham fixamente. Celina tão logo esboça um movimento, já termina de fazê-lo; mas esses movimentos não roçam nenhum ar em nenhum espaço: são movimentos de olhos que recordam."
Querido Papai,
Você é a raiz da minha vida.
Quando nasci me deu toda assitência possível.
Você sempre foi amoroso e afetuoso comigo. Fui crescendo e você foi ficando cada vez mais amigo e mais atencioso.
Você sempre foi o mesmo: cabelo preto, olhos castanhos, pele morena, forte e saudável.
Hoje estou com 8 anos e já começo a tomar conta de mim mesmo.
Nunca deixei de gostar de você. Só que às vezes fico muito sentido, pois não gosto de você bravo nem quando briga comigo.
Papai, você nunca me deixou só.
Sempre me ajudou.
Muito obrigado por tudo
Gosto muito de você, pai.
Guilherme
rabiscado por Guilherme às 18:21 2 comentários
assunto: literatura, pensamentos
Milton Hatoum, em Dois Irmãos:
"Louca para ser livre". Palavras mortas. Ninguém se liberta só com palavras.Parei neste parágrafo, quando lia o livro. Ruminei uns pensamentos pela metade, e o som virtual de minha voz ficou ecoando estas palavras na minha cabeça. Eu encontrei algo nas palavras, algo que não posso tocar, e que, quando penso sobre, não sei como definir. Encontrei algum tipo de consolo, algum veículo para desesperos e certezas temporárias. Já questionei, em diversos pequenos escritos, o poder da palavra sobre mim e sobre meu imaginário. Busco algo através delas, será libertação? E muitas vezes, nesta dinâmica, vi que isto era impossível, e mesmo assim não deixei de tentar. De tudo que começo e páro (faço isto bastante), nunca parei de escrever. Sinto angústia diante da inutilidade das palavras, mas sinto também que é o veículo que me aceitou, no que eu o aceitei. Não me liberto com as palavras, mas tento libertar algumas delas de mim.
rabiscado por Guilherme às 18:13 1 comentários
assunto: pensamentos