segunda-feira, setembro 29, 2008

noite

Considerei o riso entre estranhos
Uma dádiva divina,
Como se contivesse mais do que se via

(como se fosse possível a água,
Ao transbordar de um copo,
Não escorrer pelas laterais
E sim subir
E continuar subindo,
Uma coluna de firme fragilidade)

Considerei este riso e mais:
Os meio-abraços,
Confissões com hálito de álcool,
Gestos desmedidos
De leveza premeditada

mas as metáforas
mataram a noite

Tudo que eu escondia
Apareceu em meu olhar
Quando o encontrei num
Esfumaçado espelho:
Não me reconheci
E pensei estar vendo o mundo
Ao contrário

Um comentário:

Anônimo disse...

Que bom que voltou!

Beijo!