sábado, dezembro 26, 2009

confusões

não soubesse a distância,
umas esquinas, ruas tantas,
tontas idéias em fina estampa

torta lua que canta
em voz míngua,
sina de uma maneira
extinta de sentir
o tempo, manta
dos ponteiros,
mantra, rochedos
e madeira,
matéria-prima, língua,
cedos e tardes,
medos e fardos –
farsa de uma vida
sem arremedos.
Facas e flechas
Contra um alvo
Fácil e fértil,
Multiplicando-se em mil
Dez, cem mil
Até o fim.

Um comentário:

Mensageiro Literário disse...

Talvez o medo exista pelo fardo a ser carregado ou, o contrário, o fardo é, pela existência do medo.

Alguns alvos aparentam ser fáceis, mas são apenas aparências, fingidores como Pessoa, diria eu. No fundo, dificilmente serão atingidos em cheio.