quinta-feira, dezembro 31, 2009

fim de ano

Todas as fomes que o ano não quis,
Todas as vezes que meu nome partiu,
Em dois, em mil,
Em fins,
E depois cresceu, letra por letra,
Em ois, nas noites tortas
Em homenagens ao que foi,
Nos dias ricos em tchaus,
No mal que renasce todo dia,
No que insiste em vir,
Aquilo que existe no que vai.
E mais e mais e mais,
Meu nome que é menos, menos,
Depois mais e mais,
Até que eu me esqueça de tudo,
E todos os rituais de morte
Só tragam tudo à tona,
Tudo que fica e sobrevive,
O sim,
Todos os sins.

2 comentários:

Mensageiro Literário disse...

Um dos melhores começos de livro que já vi foi em A Hora da Estrela "Tudo no mundo começou com um sim. Uma molécula disse sim a outra molécula..."
A vida é paradoxa, ao mesmo tempo que começa com um sim, se torna violenta em muitos momentos, só trazendo nãos e, nesse meio tempo, os seres amedrontados e fugidios hesitam em agir e guardam suas vidas matreiramente.

Anônimo disse...

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