noite
Considerei o riso entre estranhos
Uma dádiva divina,
Como se contivesse mais do que se via
(como se fosse possível a água,
Ao transbordar de um copo,
Não escorrer pelas laterais
E sim subir
E continuar subindo,
Uma coluna de firme fragilidade)
Considerei este riso e mais:
Os meio-abraços,
Confissões com hálito de álcool,
Gestos desmedidos
De leveza premeditada
mas as metáforas
mataram a noite
Tudo que eu escondia
Apareceu em meu olhar
Quando o encontrei num
Esfumaçado espelho:
Não me reconheci
E pensei estar vendo o mundo
Ao contrário
Um comentário:
Que bom que voltou!
Beijo!
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