mãos
Uma mão rasga o colchão,
segura meu braço e puxa,
enterrando-me,
cama-cova.
Acordo.
***
Outra mão segura meu rosto,
mão-cega, tateia os lábios,
bochecha, orelha,
chega aos olhos
e entende as pálpebras
ao máximo.
Sonho.
"De tudo haveria de ficar para nós um sentimento longínquo de coisa esquecida na terra - como um lápis numa península". Manoel de Barros em Livro sobre Nada
Uma mão rasga o colchão,
segura meu braço e puxa,
enterrando-me,
cama-cova.
Acordo.
***
Outra mão segura meu rosto,
mão-cega, tateia os lábios,
bochecha, orelha,
chega aos olhos
e entende as pálpebras
ao máximo.
Sonho.
rabiscado por Guilherme às 22:13
assunto: literatura
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